terça-feira, 2 de novembro de 2010

Faltam 123 dias para a 1/2 de Paris

Faltam 123 dias para a bendita meia maratona. Já era pra ter começado a treinar, mas até agora nada. Bom um pouco de história.

Comecei este negócio de corrida assim como quem começa a chupar cana. O sujeiro te oferece um talhozinho, você diz, quero não. Mas aí o camarada insiste e daqui a pouco você chupa uma cana inteira, só de bobeira.

Foi assim que tudo começou. O cabeção, que ele não me leia, vulgo Prof. Rossman, foi o responsável por isto. A gente começou um treininho básico, para fazer 5km há muitos natais passados, e ao final daquela corrida eu havia concluído os benditos 5km em 35 minutos, botando meio palmo de língua pra fora.

Aí a gente não parou mais. Juntou uma turma da pesada, gente fina demais. Betão, Vilanova, Vavá, Gerardo Márcio, Dedé, Carlinha, o próprio Cabeça, o preguiçoso do Aécio, Sergin, Rone, e muitos outros amigos e a gente foi começando a chupar a cana, digo correr, e fomos seguindo... vieram algumas corridas de 10km, depois viajamos para as meia maratonas do Rio de Janeiro e Buenos Aieres.

Decidi então enfrentar uma maratona. Era um sonho antigo. Foi uma época que eu não tinha muito tempo. Estava em fase de reestruturação de vários negócios meus e treinar era algo muito difícil, em meio a tantas viagens e a tantos compromissos.

Eu e a Pesinha, outro personagem sempre presente a cada resfolego meu (ela marca colado), conseguimos chegar a Londres em abril de 2008. Fomos correr a 100a. edição daquela prova. Fomos com Demétrius e Lolô. Peguei uma alergia daqueles hoteis cheios de ácaro que durou quase 6 meses respirando mal. Corri a prova com febre, e respirando com uma só narina, mas cheguei. Ainda bem que Deus me deu este nariz grande. E pense num frio! Acostumado que tava a subir as dunas do beach park, o peão chega em Londres para correr com 4graus Celsium, chovendo. Sobralense que sou, ainda bem que me lembrei das montanhas geladas da Meruoca, a mesma visão que se tem quando de Geneve se observa o Montblanc.

Depois dessa época meus compromissos profissionais ficaram ainda acirrados. Larguei as corridas, a academia, os treinos, enfim, quase viro ex marido. Não tinha tempo realmente pra nada. Agora, depois de ter trabalhado arduamente em várias frentes, continuo absolutamente sem tempo, mas com aproximadamente 5 kg a mais e muita preguiça para sequer me levantar para dar uma caminhada.

Pensando nisto, me impus um novo desafio, e de quebra, minha fiel escudeira também entrou nesta. Retomar o ritmo de exercícios, voltar a correr, voltar a praticar nem que seja jogo da velha.

Então minha mulher que é uma samaritana, a mesma fiel escudeira, a mesma marcadora implacável, me chega com uma idéia de 1/2 maratona, uma viagenzinha à toa, uns poucos dias em Paris, e se desse tempo a gente correria esta prova. Olhei pro site, pensei: que fria! O povo correndo de gorro e de luva. Eu hein.

Agora é tarde. A mulher é fogo. Do mesmo jeito que há 12 anos ela me pegou pela palavra quando comentei sobre o casamento de um amigo, me pegou pela palavra de novo, e agora já foi. Passagem tá comprada, os hotéis reservados, e agora não tem mais jeito. É treinar ou treinar.

Mas que tá duro começar isto tá. Vou retornar para Fortaleza daqui a pouco de Flexeiras e vamos ver se um restinho de vergonha na cara me conduz a fazer um primeiro trote depois de meses.

Amanhã eu volto.

Um comentário:

  1. Bem, o que sei é que meu querido peixinho, (Claudio para quem não sabe), ontem planejou acordar cedo hoje e mandar bronca:correr kms na areia da praia. Pela manhã, acordei coloquei meus apetrechos, sai para correr e ele ficou no fundo da rede. Acho que vou correr em Paris com um banquinho a tiracolo para esperar por ele na chegada...haha...será que ele chega?

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