sábado, 4 de dezembro de 2010

Faltam 92 dias para a 1/2 de Paris



O homem inventou a máquina a vapor e aí pronto: tudo mudou. Além do capitalismo surgido a partir daí, outras conseqüencias foram identificadas, advindas da mecanização das lavouras e do maior acesso à tecnologia, a produção de alimentos cresceu bastante. Assim passamos a comer de mais e a gastar energia de menos, ou seja, come-se demais para tão pouca necessidade de esforço. E o excesso, claro, vira gordura.

almoço de sexta no S. Grelha: Dedé,
Gerardo, Aécio, Moi (não é mói é muá),
Mourão, Miguel, Luiz, Juvêncio,
Walmir e Edson. 
Tudo nos leva a consumir mais alimentos. A globalização comercial nos inundou de deliciosas opções. Além disso, os pontos de vendas de alimentos se multiplicaram. Indistintamente, tornaram-se pontos de venda postos de gasolina, livrarias, oficinas mecânicas, mercearias, etc. Ou seja, somos impelidos a comer: é chocolate, é bala, barra de cereal, bolo, bananinha, sorvetes, refrigerantes, H2O, chiclets, tudo. É impressionante.





Aécio em momento hulk-light, eu no
meio enquanto Mourão observa.
Falávamos sobre isto ontem no nosso almoço de sexta. Sentado à minha frente, meu consultor da área de "patisserie" Luiz Abrantes, falava sobre as nuances do sabor do doce de leite, e das maravilhas das receitas de sua nutróloga. Do meu lado,  meu consultor  para assuntos etílicos, Aécio, falava do apetrecho que ele comprou para manter cerveja gelada na temperatura ideal, e de uns vinhos do Paraguai que ele tomou no final de semana. Virou fetiche o segmento de alimentos e bebidas. Na minha época, os assuntos eram outros. Os caras só falam de comida, bebida e corrida.




Enquanto Luiz disserta, Miguel ataca'
o pão de queijo.
Apesar de toda a evolução tecnológica, infelizmente dependemos de uma série de necessidades básicas e primitivas para continuar vivendo. Coisas como comer, beber, dormir. Não se fala em sexo, pois cada um mente do jeito que quiser.

O futuro vai chegar, e lá na frente será muito mais interessante quando nos decidirmos a realmente a comer menos e beber menos. Isto é uma imposição, assim como manter o corpo com exercícios.

Comer, por exemplo. E se a gente em vez de comer, tomasse só pílula e algum tipo de gel,como fazia o Miguel? E se bebessemos uma água tipo molecular, como aqueles negócios do Ferran Adrià, que além de explodir em sensações pudesse também saciar. Já imaginou nosso almoço de sexta? Poderia ser em algum lugar tipo numa estação de reabastecimento.

Imagine meu amigo Aécio experimentando um vinho do Iraque ou do Afeganistão, numa drágea ou num gel? Como seriam as caras e bocas que o sujeito faria para provar a pílula? Em pouco tempo teríamos safras de pílulas e elas seriam disputadas em leilões especializados.

Seria lúdico demais. Além de tudo, isto serviria ecologicamente para diminuir as funções excretoras, enfim, tudo seria um pouco mais limpo, gastaríamos menos desinfetantes, menos pasta de dentes, menos água, etc.

Vocês podem achar que estou brincando, mas da forma como a obesidade se alastra pandemicamente pelo mundo, algo de radical deverá acontecer na saúde pública para controlar esta situação.
Juvêncio, o mediador, Walmir e Edson.

Bom,  este arrazoado todo sobre as necessidades básicas do ser humano, foi para dizer que quando a gente não dorme, o treino não rende. Eu não tinha nenhuma viagem programada para esta semana, mas aí fui chamado para fechar um negócio em BH. Saímos na madruga de 4a. para quinta, e retornamos na madrugada de 5a. para 6a. Ou seja, 2 dias sem dormir. Quinta e sexta sem treino. Bom, mas aí fiz meu treino hoje, sábado. Ainda dormi pouco de ontem pra hoje, perdi o horário, cheguei atrasado. Mas firmemente consegui fazer um treino lento, com coração com batimentos acima do que deveria. Ainda bem que me encontrei com meu amigo Bira, que está também se preparando para uma meia maratona da Disney e assim segui.

Treino de hoje: 8700m
163 bpm média
Pace 6:44 min/km

Sinto-me bem. O problema é baixar um pouco o tempo. Vamos ver se consigo terminar a 1/2 com tempo próximo de 2h de corrida. Daí começo pensar numa maratona para o final do ano de 2011.

Um comentário:

  1. Claudinho...

    Um resgaste histórico sobre a obesidade + uma fantasia futurista com um "quê" de realidade + um "mea culpa" por um treino que não foi tão produtivo... Tudo isso em um único post inteligente, criativo, divertido e provocativo. Continue nos brindando com suas pérolas e seu jeito "inimitável" de ser...

    Seu amigo sempre pronto para o bom combate

    Rossman Cavalcante

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