A racionalização dos costumes humanos e a instituição das autoridades moderadoras que esclareciam as leis e puniam conforme o que nela estavam estabelecidos levou a um controle social maior que permitiu que a competição e o convívio social possam ocorrer com relativo equilíbrio. Aqui e ali, numa discussão no trânsito ou numa mesa de bar, ou em arenas esportivas, ocorrem retornos individuais e coletivos à nossa característica atávica de passionalidade. Em um momento de retorno ao nosso passado remoto, vidas são ceifadas. Daí, se as regras forem cumpridas, haverá um julgamento e as punições serão aplicadas, e quando a lei é cumprida teoricamente as pessoas passam respeitá-las. No Brasil, a gente sabe que as coisas não são bem assim, mas, enfim...
Mas, se por um lado, as convenções sociais, as leis, as regras, as punições, possibilitaram um convívio mais equilibrado e racional, o que dizer de certos costumes que permanecem até os dias de hoje? Assim ainda temos, brigas de canários, briga de galos, caça esportiva, touradas...
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21/05/2010 Julio Aparício é corneado. Em Agosto
o animal (toureiro) já estava de volta às praças. |
As touradas para mim são inaceitáveis, pois são covardes. Se o sujeito decide saltar de paraquedas, ele assume um risco e ninguém mais além do próprio se estrepa quando algo dá errado. Mas as touradas modernas se transformaram em espetáculos sádicos nos quais os touros não têm nenhuma chance de sobreviver. No século XII matava-se o touro como teste supremo de habilidade na formação dos cavaleiros. Em épocas mais remotas ainda, a matança de touros era símbolo de coragem e destreza, quando pessoas perseguiam os touros à exaustão, que é o que ainda ocorre na festa de S. Firmino, quando milhares de pessoas correm de touros soltos e enfurecidos. Então, hoje o cara vai para uma praça de touros ver o touro ser morto. Nem a pau Juvenal que eu vou ver um negócio deste. É por isto que não tenho qualquer simpatia pela atividade desenvolvida pelos toureiros, nem lamento quando o touro acerta o toureiro. Estou falando deste tema por ter visto uma foto muito significativa sobre um touro num momento de sorte, na veja desta semana, pág 105, cuja foto de Domingo Botan/AP reproduzo aqui.
Voltando à nossa vida de corredor amador, posso dizer que os treinos tem sido mais mentais que físicos. Profissionalmente existem inúmeros projetos interessantes acontecendo pelo Brasil afora. São trabalhos com muitos desafios tecnológicos nas montagens de estruturas de aço, alumínio e vidro e estes projetos estão de fato tornando este segmento de nosso negócio muito procurado. Então minha rotina de compromissos e viagem este final de ano foi muito maior do que eu esperava. E assim, os treinos têm acontecido apenas dentro do período que de fato posso fazê-los, mas tenho focado nos treinos mentais, aqueles que meu amigo Claudio Moreira tanto gosta. Ontem mesmo fiz uma ultra maratona, num destes treinos.
Minha última postagem foi dia 08/12, faltando 88 dias para a maratona. De lá para cá podemos contar 17 dias. Nestes 17 dias fiz apenas 4 treinos físicos, o último esta manhã, apenas 6k bastante relaxado. Sinto-me muito bem e não tenho nem culpas nem arrependimentos. Faço sempre o melhor que posso. A dedicação aos trabalhos, aos projetos urgentes e inesperados deste final de ano são prioridade.
A todos os amigos, meus melhores votos que consigam equilibrar o orçamento para comprar tanto presente, fazer matrícula, agradar a patroa... PQP que troços caros estes nitendo, psp, caraca...
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