Faltam 96 dias para a 1/2 de Paris

Apesar de já ter feito todo o treinamento e corrido uma maratona anteriormente, sinto como se fosse a primeira vez. Ajusto meu relógio, ajusto o pedômetro, ajunto a cinta, conto o tempo, corro, exercito-me, me preparo o quanto posso. Sei o que é correr bem 21km, 35km, enquanto a maioria dos comuns mortais sofre para chegar a um segundo andar de escadas. Qualquer um consegue melhorar e correr, basta dar tempo ao tempo e continuar seguindo sua prescrição de treinos. E para quem está afastado, parado e sem fazer nada, digo como PinkFloyd "you'd better run". Este você, que era eu até 30 dias atrás, 36 meses parado, existe esperança para o nosso caso. Não é difícil. Basta calçar os tênis e sair correndo por aí.

Meu treino hoje era de exercícios isométricos, mais 40 minutos de elíptico.

Terça e quinta, quando estou em Fortaleza, pratico Swásthya Yoga, na unidade D. Luiz. Talvez seja esta uma das melhores e mais completas coisas a se fazer na vida em termos de prática física e mental e de postura ética. Depois de uma prática não há nada que se compare à sensação de relaxamento alerta proporcionado por aquela hora de aula. Profa. Márcia é simplesmente nota 100. Competente, comprometida, alerta, erudita. Uma grande mestra. Queria poder ir mais. O endereço da Uni-yoga Fortaleza vc. encontra aqui http://www.uni-yogafortaleza.com/

Fiz minha hora de Swásthya e depois que cheguei em casa fiz meus 40 minutos de elíptico. Mais um dia cumprido de treinos.

P.s. Minha amiga Chris lembrou com razão que excluí as garotas da citação que fiz no blog. É que ainda está no forno um post especial para as meninas. Calma!!

Faltam 97 dias para a 1/2 de Paris

Domingo de tranquilidade. Como diz a mamãe "boa romaria faz, quem na sua casa está em paz". Não pus os pés pra fora de casa. Em casa temos tudo o que precisamos: os filmes mais recentes lançados via WEB em downloads rápidos, séries americanas, das quais assisto Lie to Me e House, divertimento com as crianças em casa e no condomínio, enfim, tudo para não sair de casa.

Hoje pela manhã fui cumprir minha planilha que pedia 5' +   35'. Só que o objetivo era a zona de batimentos. Foi a primeira vez que fiz um treino assim, e confesso que achei estranho. Mas, cumpri o treino. 5900m, em 41', com batimento médio de 140bpm.

Depois de ter corrido 8,5km no sábado, senti o treino hoje muito mais fácil. Mas, esta limitação dos batimentos me estressou um pouco.

Piano piano se va lontano.

Faltam 99 dias para a 1/2 de Paris

99 days to go

Está existindo uma pequena diferença de datas. Pelo data do site da prova faltam 98 dias e tal, pelo meu relógio faltam 99 dias. Tem lógica. Ele fazem um regressivo segundo a segundo, enquanto o meu regressivo é dia a dia. Sem problemas. Minha passagem e a da minha mulher estão marcadas e tudo dando certo, no sábado dia 05/03 estaremos pegando o nosso kit e de mais uns tantos amigos que decidiram passear na prova, pra gente ter aquele prazer de cruzar a linha de chegada e depois a gente sair mais tarde para um belo jantar.

Bom eu falava de amizade, mas agora vou falar destes canalhas meu amigos. Eu perdi a noção das distâncias de treinos, de onde saíamos de onde chegávamos e tal. Hoje fui correr com eles, como fizemos por anos. Eles me disseram: "tu vai até o paredão, retorna, vai até o peixe e quando chegar terá corrido 8.200m." Quando eu estava no retorno, lá pela praça dos estressados, dei uma olhada no relógio e já estava correndo havia mais de 45 minutos. Pensei : "cacetada, estou mal, 45 min de corrida em 6km e ainda faltam mais uns 2,5 km". Aí dei uma checada no relógio. Os bandidos tinham me enganado. Só faltavam 300m para completar os 8km. Mas eu ainda estava pensando que o meu pedômetro estava desregulado. Veadinhos. Quando cheguei estavam todos rindo. Bom, no final consegui correr 8550m com pace 6:38, batimentos médios de 165/min. O coração tá meio acelerado, mas finalizei bem, sem exaustão. Foi minha maior distância em mais de 36 meses. Vai dar pra chegar bem em Paris.

Dali, fomos para o café da manhã tradicional de sábado no terraço do Othon Palace. Show de bola, sempre com o Sr. Francisco nos atendendo com grande presteza.  Era a celebração do aniversário do amigo Mourão, que está fazendo 44 anos, mas que parece ter 24. Como diria um bicheiro lá da minha cidade, o número 24 é um número muito expressivo. Mas, por falar em café, os animais comem. Era fruta, era omelete, era ovo, era bolo, carne de sol, a boca do Edson e do Betão escorrendo óleo, o Miguel que agora está finalmente livre do vício do Carbogel atacou de sanduíche, até o cabeça que é mais comedido, meteu os dentes... Tem que malhar muito para comer daquele tanto. Já as meninas comeram pouco. E eu coitado, fiquei no meu suco, salada de fruta, um pouco de omelete. Tinha esquecido de tomar o meu remédio, pra tal da hérnia de hiato. De fato, preciso eliminar 2 kg. O mês de dezembro será de bastante exercício e malhação e também de Swasthya Yoga. Vamos terminar bem o ano.

Estes dois dias desde o meu retorno, fazendo outras coisas que além das ligadas à área profissional, como estar em casa, desfrutar da companhia da esposa, dos filhos, do meu pai que veio do interior para uma consulta, almoçar e correr com os amigos do club de corrida, estas pequenas coisas que também nos fazem felizes. O trabalho me completa e me faz feliz, ressalto.

Gostaria de expressar meu agradecimento a tantos que têm enviado seus apoios via twitter, facebook ou através de comentários. Também tem o pessoal que me segue no blog (para seguir e receber as atualizações via mail basta cadastrar-se na barra do lado direito dos corpos de mensagem). Pessoas que conheço pessoalmente e outras apenas na blogosfera. Obrigado a todos que lêem, se importam, me aconselham, etc.

Faltam 99 dias para a 1/2 de Paris

Amanhã vai ser o primeiro treino de 8km. Saindo da academia Personal Care na beira mar, 6 am. Começando da direita, Betão, Juvêncio, Valmir, Edson, Mourão, Capitão Rossman, e Gerardo Márcio, no café, após o almoço, em momento de celebração à candidatura de Juvêncio a desembargador.

Como diz meu amigo Claudio Moreira, é preciso treinar mais na prática que no pensamento. Eu diria que treinar o pensamento é tão ou mais importante que treinar na prática. Quando estou correndo e sinto um desconforto qualquer, simplesmente, ressignifico. Penso em outra coisa, penso no que tenho que resolver, penso na minha agenda, na minha família, estruturo meus projetos, vejo pontos pró e contra, estabeleço prioridades, reflito sobre minhas sessões de análise, sobre posições, comportamentos. Enfim, quando menos espero, terminei o treino. De todo jeito, continuar, nunca parar, daqui a pouco tudo termina: é sempre assim que penso. Visualizo a chegada. O importante é sempre começar. Depois que começo, termino.

Vou até o final neste negócio. E quando eu finalizar esta meia, vou começar a treinar para uma nova maratona. Minha segunda maratona, que será no final do ano de 2011. Quem sabe NY? Quem sabe Chicago? Veremos.

Faltam 101 dias para a 1/2 de Paris

Cacete, o tempo tá passando. Daqui a pouco a barreira psicológica dos dois digítos vai ser quebrada.

Bom, calma! Estou no avião de volta para casa. Stop em Salvador. Vou chegar pelas 3am em casa, então vou deixar a parte das corridas para sexta. Mais tarde outros exercícios aguardam. (hehehe). Deixo para sexta a retomada dos treinos. Vou ter 10 dias em Fortaleza direto. Este break vai ser ultra importante e espero aproveitá-lo para treinar o máximo possível. Neste fechamento de ano e planejamento para 2011 muita coisa já foi feita. Houve necessidade de muito deslocamento e ainda, talvez, tenha que ir às Guianas e à américa. Bom, calma, une chose à la fois. 


Vou ver se amanhã vou até a loja da Reebok e talvez adquira uns aparelhos para melhorar a parte anaeróbica. Tendo em casa, sinto mais facilidade de fazer algum exercício de fortificação muscular. Vou falar com o professor para ver o que ele acha.

Puxa vida, ainda bem que vou ter esta pausa nas viagens. Já tá na hora de começar a treinar mais forte.

Faltam 103 dias para a 1/2 de Paris

É... treino que é bom, hoje, nada! Acordei 3 am, voei para Salvador. Passei o dia inteiro por ali e peguei o vôo para Guarulhos. Amanhã passo o dia por aqui e vou para Sorocaba e Taubaté. Quarta-feira, estarei em Vitória, saindo muito cedo. Gostaria de treinar amanhã, mas estou com um problema técnico, I mean, um problema de idade. Ando esquecendo as coisas. Esqueci meus tenis em casa. Pense! Meu treinador vai me matar, tomara que ele não leia este blog.

Acho que já falei aqui que meu primeiro desafio é terminar bem esta prova. Depois deste desafio outros virão. Vamos ver o que o tempo vai nos mostrar. Espero que a partir de 5a. eu possa dar uma guinada e fazer 3 treinos seguidos.

Faltam 107 dias para a 1/2 maratona de Paris

Acho que agora sei porque Steve Jobs criou o iPad. Simplesmente não é tão confortável postar pelo iPhone. Este Jobs é realmente um fdp pois ele vai criando necessidade e a gente vai atrás consumindo. Adquirir um iPad ou similar é questão de tempo. O Capitão Picard e toda a sua turma já usavam os pads desde "new generation".

Sai pela Praia de praia de boa viagem para fazer minha corrida de 30 minutos como havia Me proposto. A orla aqui é gigante. O calçadão é largo. Tive a sensação de estar seguro. Hans veio comigo e corremos juntos. O coitado sofre um pouco com o sol. Às 5:30am o sol já tava troando. Foram 5500m 30'30".

Volto hoje para Fortaleza. Durmo em casa. Amanhã às 5am já viajo para o interior. Espero que esteja 13 horas de sábado em casa para o fs. Espero no domingo correr um pouco e continuar o meu warm up para a verdadeira preparação para a prova.

Faltam 108 dias para a 1/2 de Paris

Tem sido um pouco mais complicado do que eu pensei conciliar a rotina de treinos nestas viagens intercaladas com muitos pousos e decolagens. O problema maior tem sido os constantes atrasos. Assim termino chegando muito cansado e treinar no dia seguinte é quase impossível. Mesmo assim tenho tentado fazer alguma corrida. De segunda para cá, infelizmente quase nada pude fazer. Mas hoje, pus a peixeira no cinto e sai para correr na ponta negra.

Fiz aquela (pequena, mal calçada, e perigosa)em 30 minutos, aproximadamente 5500m.

Amanhã espero aqui em Recife correr mais um pouco, pelo menos mais 6km.

Talvez em dezembro eu comece um ritmo de treino mais condigno com o tamanho da empreitada que Me propus.

Faltam 113 dias para a 1/2 de Paris

O treino de hoje foi bom. Trotei 40minutos, quase 6km. O tempo estava ameno, por volta de 25graus, nublado. Caiu até uma chuvinha.  O percurso contava com retas e pequenos aclives. Pulsação média, 159bpm.

Semana que vem, segunda, farei o primeiro treino mais forte. No entanto o resto da semana será provavelmente prejudicado pois terei a semana inteira de viagens. Vou tentar pelo menos fazer um treino na 4a. em Belém e outro em Natal na sexta. Na semana seguinte Salvador, RJ, SP, Vitória. Vamos ver o que conseguirei fazer como treino. O desafio do professor Valcir vai ser maior do que ele imaginava. Mas acho que em depois de 15/12 o ritmo de viagem deve diminuir.

Amanhã será folga de treino. Mas tenho um café com o Sr. Fisher (Mr. Shen) às 8h e tenho que levá-lo à empresa ainda pela manhã. Na segunda tenho duas visitas com Hans.

Ual que correria! "meu amor, cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado".

"Tô com saudades de tu meu desejo, tô com saudades do beijo e do mel, do teu olhar carinhoso...."

http://www.youtube.com/watch?v=bJz4EZnE3DI&feature=fvst

Faltam 114 dias para a 1/2 de Paris

Olha a semana de treinos não foi fácil. Segunda-feira, 30 minutos de elíptico. 

3a. Feira - viagem para Palmas - 20'de trote

4a. Feira - viagem para BH/Palmas - esquece treino - perdi o vôo de volta;

5a. Feira - sem chance pra treino

6a. Feira - Corri 25'. 

Amanhã, sábado, meu treino será de 40minutos. 

Olha, a semana foi bastante cansativa, não deu pra treinar quase nada. Mas, eu já esperava por isto. Só que amanhã chego 23h em Fortaleza. Domingo café da manhã com Fisher no Marina Park. Segunda viagens com Hans pelo norte e nordeste do Brasil.

Pálpebras pesando 2 toneladas.

Amanhã tem mais.

Faltam 119 dias para a 1/2 de Paris

Fiz o meu treino básico e relaxado de 6km. 41 minutos. Acho que nem minha vó, com 95 anos consegue ir mais lento. Mas ainda não é o momento de sair desesperado correndo. Ainda estou na fase do aquecimento. Foram muitos e muitos meses totalmente parado, com uma corridinha ou outra esporádica, no máximo uma caminhada mais longa, só pra fazer companhia a alguém. Na verdade, acho fácil fazer uma meia, fazer uma maratona. Nada disso me amedronta. Nada disso tenho como difícil. De fato, tenho resistência alta à dor e resisto muito firme a qualquer tipo de pressão psicológica. Simplesmente continuo seguindo. Também gosto da sensação de chegar. Não importa se o objetivo é 2km, 3km, 6km, 10km, 21km ou 42km. Isto não importa. A sensação de ter cumprido a minha parte, de chegar, me dá uma enorme satisfação. A satisfação de concluir a maratona para mim é igual a sensação de fnalizar meu treino de 6km. Tudo bem. Vão dizer que estou exagerando. Não é o caso.

Para justificar, eu recorro aqui aos conhecimentos etílicos de meu guru e querido amigo Aécio, aquele mesmo anteriormente retratado de outra forma, que agora qual uma libélula se transforma em outra coisa, que assevera que após inúmeras discussões acadêmicas e de estudos empíricos realizados pelas mais prestigiosas universidades da Bavária, que existe sim uma diferença na ressaca que se tem quando o porre é advindo do consumo de cerveja premium ou de cerveja normal. Pra mim é a mesma coisa. O porre é igual, a ressaca é igual, a sensação de querer morrer é igual, a dor de cabeça é igual, e é por isto que não tomo um destes faz mais de 25 anos. Mas, ressaca é ressaca e chegada é chegada. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas se explicam.

Mas, como o assunto é cerveja, Cathcart e Klein com uma blague sobre o tema, explicam o raciocínio ilógico, que dizem ser um veneno para filosofia, mas muito útil e comum nas situações quotidianas.

Vai a piada:

"Um irlandês entra num bar de Dublin, pede três cervejas Guinness e bebe das três. Toma um gole de uma, depois um gole da outra, até terminar. E pede mais três. O barman fala:

- Sabe, elas não ficariam chocas se você pedisse uma de cada vez.

O homem responde:
- É, mas sabe, eu tenho dois irmãos, um está nos Estados Unidos e outro na Austrália. Quando cada um seguiu seu rumo, nós prometemos que íamos beber desse jeito para lembrar dos dias em que bebiamos juntos. Cada cerveja é para um irmão e a terceira é para mim. O barman fica tocado e diz:

- É um belo costume!

O irlandês passa a ser um cliente regular e sempre pede do mesmo jeito.

Um dia, ele entra e pede duas cervejas. Os outros cientes percebem, baixa um silencio em todo o bar. Quando ele vai ao balcão para a seugnda rodada, o barman fala:

- Aceite os meus sentimentos, cara.

O irlandês diz:

- Ah, não, estão todos bem. Só que eu entrei para a Igreja Mórmon e parei de beber.

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Esse Irlandês por coincidência é média. Só não sei se ele é de Mossoró ou do Cariri.

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Amanhã dar-lhe-ei folga, principalmente porque o motor velho passa a 4.1  e vamos assar um peixinho com a família para comemorar. Tem coisa melhor que peixe na brasa e depois um picolé pardal? Só se for o barulho das crianças se divertindo na piscina.

Faltam 120 dias para a 1/2 de Paris

Foto Betão e Rossman.

Fui fazer um trote básico na beira mar. Fiquei ali pela personal care e dali saí para meus 3 km, indo inicialmente até o peixe, indo até o guaraná, voltando para a academia. Trotinho básico, coisa leve, 19min. Pulmão não é problema. Canso relativamente pouco. Fiquei com um pouco de fadiga mental, querendo que o treino acabasse. Daqui a pouco vai embora. Quando lembro que fazíamos treinos de 4 horas em preparação para a maratona, isto é pinto. Eu lembro que a gente saia da frente do edifício do apto do Aderaldo ia até o beach park, contornava e ia tomar café no hotel do Demétrio. Total 26km. Chegamos a fazer 32km. Sol quente, calor, e a subida das dunas tornavam a vida do peão mais difícil. Mas, foi legal.

Ainda não consegui definir meu ritmo de treino e ainda estou aguardando ver se o professor indicado pelo cabeça vai ter como me assessorar. O ponto alto do dia foi o almoço com a turma no Pulcinella. Betão, Gerardo, Mourão, Valmizin, o mentiroso do Aécio, Edson, Lucas, Dedé, Juvencio e o cabeça, fizeram muita bagunça, falaram alto, dançaram na boquinha da garrafa e falaram mal de Deus e do mundo. Depois dizem erroneamente que mulher conversa demais e faz muito barulho. O almoço paga-se com credicard, mas a companhia daqueles loucos não tem preço.

Bom, amanhã tem mais. Vou ver se arrisco 6km sem stress, legal, numa boa e vou ver se consigo falar com o Valcir.

Faltam 121 dias para a 1/2 de Paris

Consegui falar com o meu amigo Rossman. Ele me deu umas amáveis dicas, além de deixar muito claro que cabeça era a PQP. Disse que falaria com a Joana para me auxiliar com as planilhas e que supervisionaria o macro. Brincadeiras à parte, admiro demais o profissionalismo e a dedicação do Prof. Rossman.

A melhor forma de se começar alguma coisa é simplesmente começando. Quando comecei a estudar inglês, décadas atrás, pensei comigo mesmo para tomar a decisão de seguir o curso: dali a quatro anos seria 4 anos mais velho. Era uma realidade. Só que eu tinha uma opção: falando ou não falando inglês.

Bueno, quem falou que seria tão fácil este início? Amanheci com as coxas meio doloridas. Existia uma fila para utilizar o eliptico aqui em casa. Depois que Adriana terminou os exercícios dela, eu já estava trabalhando e parar foi difícil. Mesmo assim, decidi que deveria fazer o que havia me proposto, ou seja, fazer 1 hora de eliptico. Mas aí fiquei pensando: caramba, se faço 60 minutos quando no meu último treino fiz 15 minutos, não será uma evolução rápida demais? Bom, decidi fazer 30 minutos de eliptico. Elíptico e esteira são para os estoicos. O sujeito fica parado no lugar, pra cima e pra baixo e teve uns momentos que eu tentei acelerar as pisadas mas não teve jeito, acelera a pisada mas o relógio não acelera o tempo. Terminei a meia hora.

Vamos ver se consigo falar com o povo mais tarde sobre a planilha.

Faltam 122 dias para a 1/2 de Paris

O fio de vergonha sumiu ontem. Não deu pra sair de casa. Era menino chorando, menino espirrando, a mulher reclamando de um hd externo que ela comprara pra rodar um programa de edição de imagem, a pizza atrasando, pense num caos. E eu no meio. Se bem que isto foi desculpa. Então pensei: hoje não vou, mas amanhã eu começo. Então acordei. Eram umas 5 horas. Levantei, respondi uns mails mais urgentes, calcei os velhos tenis e quando eu ia saindo a mulher solta aquela piada: "não acredito que v. vai correr! vou fazer uma foto para o seu blog." Tá bom, vai curtindo vai... depois não reclame se não te esperar na linha de chegada.

Cheguei na beira mar e vejo logo de cara o Adolfo e o Bernardo. Depois encontrei o Everardo, o Helder e o Vilanova. Será um bom presságio? Se bem que se eu depender de presságio para realizar qualquer coisa estou ferrado. Em relação à fé neste tipo de coisa, estou bem longe de ser crente. Como diz minha amada Adriana, Deus não teria porque se enfronhar com este tipo de problema do dia a dia. Nem seria justo com os outros. Mas, voltando, cheguei, fiz um alongamento básico. Esqueci o cronômetro. PQP como se corre sem relógio? Bom quem não tem cão caça com a coleira, então marquei pelo horário do relógio ali do coco. Hei, cadê o cara do coco? Bom, olhei pro relógio 6:45h, 30graus. Trotei 15 minutos. 2400mm. Foi bom só pra testar as engrenagens. Hoje vou falar com o cabeça sobre uma indicação para uma assessoria, que seja quase virtual. Pense: nos próximos 30 dias, mais de 20 dias estarei fora. Bon, c'est comme ça. Estou treinando também o bico.

Próximo treino: amanhã. Acho que vou fazer 1 hora de eliptico aqui mesmo em casa.

Faltam 123 dias para a 1/2 de Paris

Faltam 123 dias para a bendita meia maratona. Já era pra ter começado a treinar, mas até agora nada. Bom um pouco de história.

Comecei este negócio de corrida assim como quem começa a chupar cana. O sujeiro te oferece um talhozinho, você diz, quero não. Mas aí o camarada insiste e daqui a pouco você chupa uma cana inteira, só de bobeira.

Foi assim que tudo começou. O cabeção, que ele não me leia, vulgo Prof. Rossman, foi o responsável por isto. A gente começou um treininho básico, para fazer 5km há muitos natais passados, e ao final daquela corrida eu havia concluído os benditos 5km em 35 minutos, botando meio palmo de língua pra fora.

Aí a gente não parou mais. Juntou uma turma da pesada, gente fina demais. Betão, Vilanova, Vavá, Gerardo Márcio, Dedé, Carlinha, o próprio Cabeça, o preguiçoso do Aécio, Sergin, Rone, e muitos outros amigos e a gente foi começando a chupar a cana, digo correr, e fomos seguindo... vieram algumas corridas de 10km, depois viajamos para as meia maratonas do Rio de Janeiro e Buenos Aieres.

Decidi então enfrentar uma maratona. Era um sonho antigo. Foi uma época que eu não tinha muito tempo. Estava em fase de reestruturação de vários negócios meus e treinar era algo muito difícil, em meio a tantas viagens e a tantos compromissos.

Eu e a Pesinha, outro personagem sempre presente a cada resfolego meu (ela marca colado), conseguimos chegar a Londres em abril de 2008. Fomos correr a 100a. edição daquela prova. Fomos com Demétrius e Lolô. Peguei uma alergia daqueles hoteis cheios de ácaro que durou quase 6 meses respirando mal. Corri a prova com febre, e respirando com uma só narina, mas cheguei. Ainda bem que Deus me deu este nariz grande. E pense num frio! Acostumado que tava a subir as dunas do beach park, o peão chega em Londres para correr com 4graus Celsium, chovendo. Sobralense que sou, ainda bem que me lembrei das montanhas geladas da Meruoca, a mesma visão que se tem quando de Geneve se observa o Montblanc.

Depois dessa época meus compromissos profissionais ficaram ainda acirrados. Larguei as corridas, a academia, os treinos, enfim, quase viro ex marido. Não tinha tempo realmente pra nada. Agora, depois de ter trabalhado arduamente em várias frentes, continuo absolutamente sem tempo, mas com aproximadamente 5 kg a mais e muita preguiça para sequer me levantar para dar uma caminhada.

Pensando nisto, me impus um novo desafio, e de quebra, minha fiel escudeira também entrou nesta. Retomar o ritmo de exercícios, voltar a correr, voltar a praticar nem que seja jogo da velha.

Então minha mulher que é uma samaritana, a mesma fiel escudeira, a mesma marcadora implacável, me chega com uma idéia de 1/2 maratona, uma viagenzinha à toa, uns poucos dias em Paris, e se desse tempo a gente correria esta prova. Olhei pro site, pensei: que fria! O povo correndo de gorro e de luva. Eu hein.

Agora é tarde. A mulher é fogo. Do mesmo jeito que há 12 anos ela me pegou pela palavra quando comentei sobre o casamento de um amigo, me pegou pela palavra de novo, e agora já foi. Passagem tá comprada, os hotéis reservados, e agora não tem mais jeito. É treinar ou treinar.

Mas que tá duro começar isto tá. Vou retornar para Fortaleza daqui a pouco de Flexeiras e vamos ver se um restinho de vergonha na cara me conduz a fazer um primeiro trote depois de meses.

Amanhã eu volto.